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sábado, 17 de maio de 2014

> ORGASMO - PRAZER CULMINANTE


ORGASMO - O PRAZER CULMINANTE
Por Nicéas Romeo Zanchett 
             Numa sociedade onde o sexo está associado a grandes realizações e conquistas, a ausência do prazer nos jogos amorosos é, para muitos, motivo de frustração e vergonha.  Milhares de pessoas nem sabem o que é sentir um orgasmo. 
             Os homens chegam ao orgasmo mais facilmente que as mulheres, mas há disfunções como a ejaculação precoce ou excessivamente retardada que são um verdadeiro tormento para o "sexo forte". 
                 Embora boa parte das pessoas oculte oficialmente seus problemas sexuais, as queixas de insatisfação são muito frequentes nos consultórios médicos. 
                 Entre as mulheres também existe disfunções do gozo e se manifestam de várias formas. Há mulheres que só atingem o orgasmo ao som de uma música, ou com as pernas fechadas, fora da cama ou com penetração anal. A insatisfação sexual da mulher acaba se refletindo diretamente no seu comportamento. Quando ela atinge o orgasmo e leva uma vida sexual saudável, o nervosismo e irritação diminuem e a auto estima aumenta. É comum ouvirmos dizer: "aquela mulher é ranzinza e vive reclamando de tudo por que é mal amada". 
                 Casos de homens com inibição ejaculatória também não são raros. Quando a parceira reclama ele fica pulando de uma mulher para outra, sempre em busca de alguma que o complemente e não reclame das suas deficiências sexuais. Ao encontrar alguém com quem queira ter filhos, aí então o problema surge com mais clareza.
         Muitos homens com inibição ejaculatória no ato sexual com uma mulher, ao se masturbarem, atingem facilmente o orgasmo desejado. 
            Quando os parceiros estão envolvidos no mesmo processo, quando seus ritmos se equiparam e acontece aquele intercâmbio de sensações corporais, o orgasmo simplesmente acontece. O orgasmo simultâneo, entretanto, é mais raro. À medida em que o conhecimento de um pelo outro se aprofunda, seja na relação hétero ou homossexual,  surge uma maior afinidade destruindo muitas barreiras, inclusive sexuais e religiosas, e assim as duas pessoas entram numa comunicação corporal que ajuda encontrar o melhor momento para o gozo simultâneo. 
             Muitos homens ficam angustiados, preocupados em impressionar e mostrar sua boa performance, e uma das suas maiores preocupações é justamente o orgasmo simultâneo. Essa polêmica já virou folclore entre certos grupos de parceiros sexuais. Na cama, muitos homens com essa preocupação, quando sentem que vão gozar e que a mulher ainda não está preparada, para desviar seu foco daquele momento crucial, começam a pensar em outras coisas  como trabalho, futebol, ou qualquer outra forma que lhe ajude esperar por ela. Este tipo de distorção desvia todo o prazer espontâneo que ele poderia ter na relação.
Pintura de Romeo Zanchett 
               O bom sexo é indispensável na vida de um casal que escolheu essa forma de se relacionar afetivamente. O ser humano já nasce desamparado e o casamento, embora não tenha a importância que lhe é dado,  é a forma que nossa cultura inventou para atenuar este desamparo. E aqui não se deve confundir as coisas e achar que só o casamento hétero pode suprir esse desamparo. O amor não escolhe sexo e por isso sempre é válido e deve ser respeitado. 

                     Muitos casamentos frustrados são mantidos pelo medo da solidão. As pessoas abrem mão de tudo e vão fazendo inúmeras concessões para manter uma relação já instável e fria. Vivem relações péssimas e procuram justificar a falta de tesão com frases feitas do tipo "casamento é assim mesmo", "nos mantemos juntos pelos nossos filhos". Ora, essas desculpas não enganam ninguém e muito menos a eles próprios. É preciso atentar para o fato de que qualquer relação amorosa que seja condicionada e rotineira, inevitavelmente, leva ao desinteresse sexual e o único motivo que justifica a união de duas pessoas é o amor e a emoção. Por outro lado, dizer que não há harmonia porque, na hora do sexo,  a mulher tem um ritmo mais lento do que o homem, na verdade, é uma forma de camuflar a verdadeira causa que talvez esteja no distanciamento do casal. Alguns homens vivem num mundo todo seu, totalmente indiferentes, e nem percebem que tem ao seu lado uma mulher e não um objeto que deve ser levado a alguma realização sexual prazerosa. Nessas condições, tanto para um como para o outro, sempre se faz sexo apenas para cumprir uma obrigação do casal. Ora, sexo se faz por tesão, paixão, amor e nunca por obrigação. 
           O sexo prazeroso não pode ser feito ás pressas. A relação deve começar com as preliminares, sem pressa, e deixar que a emoção e os carinhos encontrem o verdadeiro caminho para o prazer. Essa mistificação sobre a simultaneidade do ato sexual é mito e só não é totalmente infundada porque o clímax masculino, inevitavelmente, traz consigo a baixa na ereção, e nessa condição impossibilitam a mulher de alcançar o próprio clímax. Quando o sexo é feito sem pressa, com preliminares das duas partes, o nível de hormônios do casal sobe naturalmente e a mulher também consegue chegar ao clímax e geralmente antes do homem. 

                As curvas do prazer, tanto masculina quanto feminina, aparentemente desencontradas, se alinham quando os parceiros atingem um nível de entrosamento, identidade e afinidade como seres humanos e parceiros sexuais. Isso pode acontecer num dia ou depois de muitos meses e até anos de convivência.  
             A ocorrência do orgasmo tem tudo a ver com uma reação genital; começa com uma contração dos órgãos genitais - na mulher a contração uterina, e no homem a tensão na vesícula seminal, próstata e dutos deferentes - que, embora insensíveis por natureza, transmitem a sensação de que algo vai acontecer. 
             Os estudiosos Master e Johnson estabeleceram quatro fases para o ato sexual: a excitação, o platô, o orgasmo e a resolução (relaxamento). O orgasmo simultâneo ocorre quando os dois parceiros percorrem as fases de excitação e platô juntos e em igual tempo, caminhando para etapas subsequentes num só nível de prazer. Mas, na maioria das vezes, um acaba tendo orgasmo antes. A simples visão do companheiro entrando em clímax, pode ser muito excitante e a sua participação no orgasmo do outro também é um gatilho para se alcançar o próprio orgasmo.  Se o homem chegar primeiro ao orgasmo, a mulher pode se concentrar nas pulsações do seu pênis dentro da vagina e também na sensação do esperma sendo liberado. Da mesma maneira, um homem, quando sua parceira já teve orgasmo, pode se concentrar nas contrações espasmódicas dos músculos em volta da vagina comprimindo e relaxando, e, com movimentos do seu pênis, nesse momento, conseguir maior excitação e gozar também. 
                   As pessoas sem parceiro fixo podem ter mais dificuldades de ter prazer  a dois. Pessoas que estão sozinhas tendem a buscar o prazer através da masturbação. Isto é muito natural e saudável. As mulheres precisam de vínculos afetivos para uma maior realização. Já os homens, pela sua própria educação, não precisam de tais vínculos. A maioria atinge o orgasmo sem dificuldades nas relações descompromissadas. 
             No mundo em que vivemos, o sexo virou assunto da mídia. São poucos os que tem coragem de falar o que realmente sentem em relação à sua vida sexual, mas todos querem ter muitos orgasmos. Quem não consegue se frustra. 
              Os preconceitos e problemas culturais, que transmitem os tabus de geração para geração, identificando o sexo como coisa pervertida, se traduzem hoje num grande conflito.
             Muitas pessoas só se preocupam com a quantidade de relações e não consideram a qualidade da vida sexual e, consequentemente, do orgasmo. Este é um dos principais fatores determinantes para a falta de prazer. Somos o resultado de uma cultura judaico-cristã, onde o prazer sexual nunca foi permitido. Neste contexto, a grande virtude é abstinência e o sofrimento. Como sexo é puro prazer, pouquíssimas pessoas o vivem na sua plenitude. 
                 Os tabus religiosos tem trazido grandes problemas que, inclusive, afetam a saúde dos seus fiéis. O orgasmo solitário pode ser muito prazeroso e, ao mesmo tempo, uma forma de se autoconhecer. Com ele a pessoa pode aprender a sentir e controlar os impulsos sexuais. Por outro lado, existem formas atípicas de autoerotismo que podem até levar à morte. Um caso que, na época, foi muito discutido é o de um político inglês chamado Stephen Milligam, que acabou morrendo quando se masturbava e utilizava uma técnica de asfixia para prolongar o prazer. Este tipo de prática é mais comum do que se imagina. Há casos de homens que, antes  de usar esta técnica, deixam de reserva até um balão de oxigênio para usá-lo na eventualidade de ultrapassar os limites. 
               Sexo é muito bom e todos gostam, mas é preciso ter bom senso e cuidados, principalmente diante de tantas Doenças Sexualmente Transmissíveis -DST. 


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> A INFIDELIDADE FEMININA




A INFIDELIDADE FEMININA 
Por 
Nicéas Romeo Zanchett 
                  A independência econômica,  a diminuição da religiosidade e os modernos métodos de anticoncepcionais permitiram que as mulheres passassem a desfrutar das mesmas liberdades que os homens. Muitas, embora não troquem o casamento pela aventura extraconjugal, já não abrem mão do prazer proporcionado por uma relação às escondidas. Para elas os amantes solteiros têm preferência, mas até um amante casado é melhor do que nenhum amante. 
                  Os homens, um pouco assustados, parecem não estarem conseguindo acompanhar essa rápida ascensão, pois as mulheres estão ocupando espaços que antes nem era possível imaginar. Elas estão em toda a parte. Nas artes, nas ciências, na literatura, na política, no judiciário e até na polícia, onde ocupam cargos e posições que sempre foram exclusividade dos machistas companheiros. 
                  No auge da civilização grega, em Atenas, as mulheres não tinham mais direitos políticos e legais que os escravos. Passavam a vida sujeitas à autoridade absoluta do seu marido ou de um parente masculino mais próximo. Não lhes era permitido nenhum tipo de educação que não tivesse como objetivo melhor servir aos homens que as mantinham. Eram condenadas a passar a maior parte do tempo nos aposentos destinados às mulheres e se submetiam a casamentos arranjados pelos homens. Uma esposa raramente fazia refeições com o marido, principalmente se ele tinha convidados. Nas poucas vezes em que saia de casa estava sempre acompanhada. Nessas ocasiões, não lhe era permitido levar consigo mais do que três peças de vestuário. Caso saísse após o escurecer, tinha que ser de carruagem e com uma lanterna acesa indicando sua presença. Era impedida travar conhecimento com qualquer homem que não fosse o marido ou parente. Um marido podia repudiar a esposa sem motivo e tinha razões legais para fazê-lo se, por milagre, conseguisse cometer o adultério. Já a esposa só podia obter o divórcio quando houvesse fundamento de provocação extrema, os quais não incluíam a pederastia, que já era comum na Grécia antiga, e tampouco o adultério que, para os homens, era considerado normal. 
                 


                 Apesar das diferenças ainda serem marcantes, estamos caminhando a passos largos para uma situação de igualdade também no casamento. Entretanto ainda existem diferenças muito grandes, principalmente na questão de remuneração  por trabalhos de igual valor. 
                     Mesmo a mulher moderna, continua sendo criada para encarar o sexo como algo que vem associado ao afeto, e isto se transforma numa espécie de repressão. O mesmo já não acontece com o homem que faz uma distinção bem mais clara dos aspectos físicos e emocionais. É por essa razão que o impacto emocional da mulher numa relação extraconjugal é muito maior. 
                    



                 A presença das mulheres, cada vez maior, no mercado de trabalho é um facilitador para as relações de amizades masculinas e consequentemente do adultério feminino.  As casadas que trabalham fora tem mais oportunidade e possibilidade de enganar os maridos. Isto geralmente acontece com colegas de trabalho, clientes e amigos mais próximos. 
                Um outro fator de grande importância, tanto para o adultério como para o divórcio, está relacionado ao aumento da expectativa de vida. No início do século XX o cidadão vivia em média 47 anos. Hoje ele pode ultrapassar facilmente os 75 anos. Portanto, antes era muito mais fácil cumprir o juramento "até que a morte nos separe". A morte chegava bem mais cedo. 
                 Os motivos que levam à infidelidade feminina são muitos: o desejo de vingança, a busca de um amor, atração por um romance, atração física, além de muitos outros. Entretanto as mulheres não estão em busca apenas de sexo. Para a maioria delas, as emoções contam muito e "traem" em busca de amor. Aquilo que para o homem é apenas uma aventura descompromissada - um namoro sexualizado -, para a mulher é um romance. Um fator interessante é que para a mulher madura - acima dos 40 anos - o sexo fora do casamento é como uma busca pela juventude. Já as mulheres mais jovens cometem adultério movidas, principalmente, pela atração física. É a força dos hormônios que as impulsiona. 
                    
             A monogamia continua existindo, mas está tomando uma forma que nos faz lembrar o conselho do poetinha Vinicius de Moraes: "Que seja eterno enquanto dure". Uma pessoa passa três anos sendo fiel a um companheiro, depois separa, passa mais alguns anos sendo fiel a outro e torna separar. E a vida segue em frente sem sentimentos de culpa. 
               A infidelidade pode ter um grande poder de auto-análise, tanto para a mulher como para o homem. As experiências extraconjugais podem lhe trazer maior clareza do seu amor pelo parceiro, aumentando seu carinho e atenção. 
             Toda a experiência é válida a partir do momento que alguma vivência seja obtida para melhorar a própria vida. Pode ser um momento para refletir e verificar que estava plenamente satisfeita com seu casamento e que não necessitava de relações sexuais fora dele. 
             A maioria das mulheres preferem se realizar no próprio casamento e viver tranquilamente com seus maridos. Muitas, depois da "traição" mergulham num profundo sentimento de culpa. Sentem-se imaturas, sonhadoras e concluem que nada justifica sua atitude. 
              A mulher, pela própria natureza maternal, tem um forte sentimento de defesa da família. É, sem dúvida, uma herança ancestral. Toda a vez que está ameaçada pela liberação dos costumes, tem uma reação de defesa. 
              O casamento monogâmico e indissolúvel pode não ser o melhor lugar para se desenvolver o aprendizado da sexualidade, que fica muito limitada, mas é bom para a sociedade e para a criação dos filhos. 
                    Nicéas Romeo Zanchett 

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