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sábado, 30 de março de 2013

A REPRESSÃO SEXUAL DA IGREJA


A REPRESSÃO SEXUAL DA IGREJA 
     Desde os primeiros anos do cristianismo ocidental, a mulher constitui, para o homem cristão, um obstáculo no caminho da santidade. Essa visão predadora não nos foi dada por Cristo; foi proposta por São Paulo, que pregava a nova religião numa sociedade de costumes particularmente corrompidos. No cristianismo, criado por Paulo de Tarso (ou Saulo de Tarso), o corpo humano é execrável e execrado, pois é a causa e atração que leva ao pecado.  Mas, por outro lado, a própria religião cristã diz tratar-se do templo que abriga a alma, nossa parte divina. 
     Historicamente a Igreja Católica Romana sempre desprezou o sexo e particularmente as mulheres. Santo Agostinho, o mais célebre do Padres da Igreja, numa perspectiva sobrenatural, os considerava incompatíveis com Deus e a Natureza. Essa atitude, profundamente arraigada, torna difícil a adaptação da Igreja à nova sociedade que, após ter reabilitado a sexualidade, a liberta e exalta.
A aspiração a uma revisão dos valores, a uma reabilitação dos princípios de prazer surgiu num Ocidente próspero. Foi engendrada pela própria prosperidade.  Entretanto, esse tema, tanto nas pesquisas como nas discussões, ainda é tratado com superficialidade por grande número de pais, professores  e responsáveis pela nossa sociedade. 
     Duas idéias governam os textos bíblicos que tratam da sexualidade: a primeira é que o sexo é um mistério que é preciso cercar de respeito; a segunda é que o casamento é a forma desejada por Deus para as relações sexuais. Entretanto, os judeus das origens aceitavam que os prazeres da vida fossem vividos plenamente.  No Antigo Testamento não existe nenhuma proibição às relações sexuais antes do casamento, como também, nenhum trecho da Bíblia rebaixa a mulher para exaltar o homem. Foi apenas depois do exílio que o povo judeu desenvolveu a ideia de que os prazeres, particularmente o prazer sexual, deveriam ser condenados. 
     A Igreja considera o corpo, especialmente da mulher, como instrumento privilegiado da tentação. A incessante exaltação do celibato por São Paulo, revela seus profundos problemas psicológicos em relação à sexualidade. Alguns religiosos, apaixonados por psicanálises, acreditam tratar-se de uma homossexualidade latente reprimida. São Paulo marca o ponto de transição entre a atitude sadia e positiva para o corpo, que caracterizava o Antigo Testamento e o próprio Jesus, e a atitude dualista e negativa que não parou de se expandir no Ocidente. Ele aconselhava os homens cristãos a seguirem seu exemplo e não se ligarem a nenhuma mulher. 
São Paulo
     A moral cristã foi, aos poucos, se edificando em volta da convicção de que a sexualidade devia ser evitada como o"mal essencial", à exceção do mínimo que considerava necessário para manter viva a raça humana. Dessa forma, a prática sexual passou a ser desculpável apenas para a procriação. Declarando que o ato sexual em si não era condenável e que condenável era apenas o prazer que dele tiravam os indivíduos,  a Igreja de Paulo considerava que tinha encontrado o ponto de equilíbrio.  
     Os moralistas escolásticos editaram um código que regulamenta a vida sexual nos menores detalhes. Dele, em nenhum momento o pecado é totalmente excluído, pois que a paixão necessária    para desencadear o ato criador constitui um pecado, mas a gradação desse pecado atinge o extremo. Para homens e mulheres  casados criou-se uma espécie de camisa que permite conceber com um contato reduzindo ao máximo  o contato entre os corpos.  Entretanto, as poluções noturnas involuntárias são classificadas como pecados. Fazer amor em sonhos, durante o sono, ainda é considerado um grave pecado que deve ser declarado no confessionário. Dessa forma, os princípios do prazer, que é o responsável pela atração entre os sexos, ficaram fortemente reprimidos. As energias assim poupadas incitaram o homem a ordenar o mundo segundo seu pensamento e a dominá-lo através de sua ação, fazendo da mulher sua escrava sexual. 
     Como uma válvula de escape, o cristianismo definiu  um ideal acessível  ao grande número fiéis, mantendo os pecadores em seu seio, concedendo-lhes todas as facilidades de absolvição. Segundo a moral da Igreja Católica, é o padre que abre aos fiéis a "porta do céu". Seja pelo batismo, seja pela absolvição em confissão, seja pela comunhão, pela missa, pela extrema-unção, (conferida mesmo ao pecador inconsciente). Pode o católico ser o maior pecador perante o Evangélio e à sociedade, e ao mesmo tempo ser ótimo membro da sua Igreja; sua conduta moral é neutralizada pelos atos rituais, sob a orientação  e garantia do clero. A sua autonomia espiritual é facilmente substituída pela heteronomia moral do padre. É na sombra dos confessionários que os padres escutam as consciências e, como policiais, interrogam aquilo que consideram pecados da carne. 
       Ora, essa infeliz mentalidade, visceralmente anti-cristã, destrói no homem o senso de responsabilidade e abre as portas ao descalabro social, ao crime e iniquidade. Dessa forma, vai a moral do clero criando um perigosíssimo "círculo vicioso" moral (ou imoral): pecado-confissão x pecado-confissão, sem nenhum esforço sincero ascensional da parte do pecador crônico.
     Num "clima espiritual", a Igreja não hesita em reinterpretar os mitos bíblicos em função de sua atitude anti-sexual.  Eva foi a pecadora que tentou Adão. Mas aos poucos essa explicação foi substituída por causa erótica. Em nossos dias, no espírito de todas as crianças ocidentais que frequentam o catecismo, a maçã que a primeira mulher e o primeiro homem comem juntos é a maçã do amor. Esse mito só fez reforçar a misoginia cristã.  Eva, é vista de forma desprezível e até odiosa por ser a sedutora. Ela foi a tentadora e permanece sendo a embaixadora do demônio que leva o homem a pecar.
     Seria ilusão acreditar que os problemas evocados hoje em dia no seio da Igreja foram descobertos recentemente. O problema do celibato dos padres, do controle de natalidade, das relações sexuais antes do casamento, da sexualidade fora do casamento foram todos colocados antes dos anos 40.  Também a separação entre a Igreja e a Ciência causou um grande abalo na autoridade religiosa e na disciplina por ela imposta. 
     Graças a alguns intelectuais católicos a atitude secular a respeito da sexualidade evoluiu. O ato que antes só tinha por objetivo a criação foi, aos poucos, dotado de um valor humano enriquecedor. Se o amor físico é dotado de valor quase espiritual, os padres são levados a interrogar-se sobre as relações de seu próprio estado com a sexualidade. O movimento de revolta contra o celibato clerical é de ordem filosófica e não apenas sociológica. Essa mudança nasceu da compreensão da realidade física que cada ser tem em seus instintos naturais que são os grandes construtores da humanidade. 
Nicéas Romeo Zanchett 

domingo, 24 de março de 2013

CASAMENTO NA TERCEIRA IDADE

                         CASAMENTO NA TERCEIRA IDADE 
Para amar e ser amado não existe idade. A terceira idade, também chamada de melhor idade, traz uma sensação de bem estar, de dever cumprido. É uma fase muito rica e merece ser vivida com toda a intensidade. 
Tanto a mulher quanto o homem na terceira idade podem ter uma vida amorosa e sexual até mais intensa que nos anos anteriores. Os filhos já estão liberados, as questões econômicas, salvo algumas exceções, já estão estabilizadas e a vida continua.  Principalmente para as mulheres, que por muito tempo permaneceram em casa cuidando os filhos, é chegada a hora de abusar das experiências de vida acumuladas ao longo dos anos e permitir-se viver intensamente o novo momento. 
Devido à mudanças fisiológicas, muitos idosos perdem o interesse pelo sexo e a chegada de um novo amor é garantia de espantar a solidão e reviver bons momentos felizes do passado. Os fatores  constitucionais e genéticos ou vínculos familiares e sociais contribuem para a boa qualidade de vida. 
Nas sociedades modernas, os casamentos tendem a acontecer cada vez mais tarde. Existe grande preocupação de primeiro se realizar economicamente para depois pensar em casamento. Mas também os índices de divórcio tendem a crescer antes dos 50 anos e na terceira idade. 
É na terceira idade que mais podemos verificar a síndrome do ninho abandonado. Os filhos já atingiram a adolescência ou se casaram e tiveram, por sua vez, seus filhos depois de deixarem a casa dos pais. É justamente este sentimento de abandono ou separação dolorosa que provoca a busca de um novo amor. É muito comum que nesta fase aconteça relações extraconjugais, conflitos ou estados depressivos, que acabam levando à separação do casal. 

Nós, seres humanos, nascemos para viver juntos e este é um condicionamento biopsicossocial. A nossa sociedade sempre buscou fórmulas para regulamentar e facilitar a vida dos casais. Havendo um acordo prévio quanto ao regime da união, principalmente em relação às responsabilidades financeiras, é possível enfrentar a separação sem muita dor e sem maiores complicações. 
É interessante observar que um número crescente de homens e mulheres separados preferem namorar a se casar. A principal causa é a eventual convivência com filhos dos casamentos anteriores ou as diferenças individuais de cada um. Na idade madura, onde hábitos particulares   estão muito arraigados se torna mais difícil viver juntos, sobre o mesmo teto. Freud dizia que um segundo casamento tem possibilidades de trazer mais facilidade do que o primeiro porque os cônjuges estão mais tolerantes. Mas cada um tem, digamos, suas manias pessoais que nem sempre são compreendidas ou toleradas pelo outro. Entretanto, a psicanálise, através da experiência clínica adquirida ao longo do tempo, nos ensina que um novo casamento leva a uma melhor qualidade de vida e permite um relacionamento mais profundo do casal do que quando existe apenas o namoro. O simples namoro dificulta a convivência mais demorada e descontraída, devido aos encontros e separações reiteradas. Na questão sexual, as trocas libidinosas e a comunicação de inconscientes é mais saudável e traz maior estabilidade  nos casais que vivem juntos. Uma boa opção é viver juntos e dormir em quartos separados.  É uma forma de manter certa individualidade e evitar os conflitos comuns entre casais que não tem essa possibilidade.  
Outra questão é o casamento entre pessoas com grande diferença de idade. A sociedade sempre tolerou que um senhor na terceira idade possa se casar com uma jovem, mas cria obstáculos quando é uma senhora da terceira idade e um jovem rapaz. Sempre surgem aquelas piadinhas de mau gosto dando a entender que é apenas interesse financeiro por parte do mais jovem. Mas é fundamental não dar valor exagerado a esses comentários preconceituosos. Afinal, o importante é que cada um busque a sua felicidade.
Em relação à cultura ocidental, provém de Platão as duas linhas principais de conceituação do amor e do sexo. A primeira faz da espiritualidade sua meta e propõe a sublimação dos impulsos físicos; a segunda exalta a sensualidade e sensibilidade como válidas em si e por si mesmas. Na verdade, são duas faces do mesmo Eros, que o ocidente frequentemente contrapõe, às vezes antagoniza, ora procura conciliar e combinar. Mesmo não encontrando uma conceituação precisa para esse sentimento, quem prova concorda com o filósofo Pascal: "o coração tem razões que a razão não conhece". 
Em nossos dias o universo do amor e do sexo se revoluciona, se desnuda, se questiona se amplia cada vez mais rapidamente. As profundas e generalizadas mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais atuam na acelerada corrosão de valores pré-estabelecidos e preconceitos. 
Do ponto de vista puramente físico, já caiu por terra o tabu de que uma pessoa jovem não possa amar e até se apaixonar por alguém com muito mais idade.   Por traz disso há muito mais do que liberdade sexual. A verdade é que os jovens de hoje estão com "outra cabeça". São mais abertos e espontâneos; não entram em competição com a parceira e as relações são baseadas em trocas de vivência, independente dos sentimentos; estão com mais capacidade de entrega e sem medo de perder ou criar laços indesejáveis. 
Nicéas Romeo Zanchett 
http://maximas-grandespensadoresuniversais.blogspot.com.br






sábado, 2 de março de 2013

O EFEITO DAS DROGAS SOBRE O SEXO

                           O EFEITO DAS DROGAS SOBRE O SEXO

A saúde do corpo e a emoção são os principais responsáveis pelo bom desempenho sexual. O afeto pela parceira facilita o desejo que é indispensável para a ereção. A ereção é desencadeada pelos neurotransmissores, substâncias que dependem de estímulos neurológicos. A parte física funciona melhor quando existe uma ligação afetiva com a mulher. Portanto, quanto maior o estímulo emocional, melhor será a ereção.
Tanto a saúde do corpo como o afeto pela parceira ficam prejudicados quando se faz uso de drogas. 

CIGARRO - O cigarro diminui  o calibre das artérias, afetando os pequenos vasos que irrigam o pênis. Experiências feitas por cientistas constataram que uma injeção de nicotina aplicada na veia  inibe diretamente o mecanismo de ereção. 

ÀLCOOL - A bebida alcoólica age diretamente sobre o sistema nervoso central. A primeira dose relaxa, mas prejudica os reflexos. O aumento da concentração de álcool no sangue interfere na sensibilidade. Beber em excesso provoca diminuição da libido e da capacidade de ereção, além de alterar a ejaculação e retardar o orgasmo. 

DEPRESSÃO - As pessoas deprimidas costumam usar drogas químicas -"remédios", para trarar a depressão. Geralmente o fazem sem orientação médica, e isso é muito grave.
O sintoma mais comum de quem está deprimido é a perda do interesse sexual e o comprometimento da ereção. O uso de antidepressivo também inibe a sexualidade. O primeiro passo é procurar um médico para tratar a depressão e depois pensar no tratamento para recuperar o bom desempenho sexual.


DROGAS - (maconha) - influi na redução dos níveis de testosterona e pode afetar seriamente a libido; (cocaína) seu uso crônico causa danos à musculatura do pênis causando disfunção erétil e distúrbios na ejaculação. O (ecstasy), alucinógeno muito usado nas baladas, num primeiro momento funciona como um excitante sexual. Seu uso contínuo provoca perda de motivação geral, comprometendo o desempenho sexual.

Além das drogas, o estresse e a ansiedade prejudicam seriamente a sexualidade.

ESTRESSE - O estresse é a doença da modernidade. A vida intensa de nossos dias gera inúmeros momentos estressantes. Isso, sem sombra de dúvida, vai se refletir na sexualidade. Conflitos profissionais, dificuldades financeiras e problemas familiares são fatores que comprometem seriamente a libido masculina. Em situações de grande estresse o homem não sente desejo e perde o interesse sexual. A situação pode durar longos períodos e, não havendo solução, tende a agravar-se. 
 ANSIEDADE - A ejaculação precoce não é um problema físico. Todas as causas estão ligadas ao emocional, e a ansiedade costuma aparecer em primeiro lugar. Trata-se da disfunção sexual mais comum entre homens jovens. Não é raro que a ejaculação precoce acabe provocando a ausência total de ereção.
O tratamento terapêutico é o mais indicado e eficaz.

Muitos homens só procuram o médico quando estão com algum problema sexual. Quando o sexo não vai bem, é sinal de que algo está errado na parte física ou emocional. A falha da ereção pode ser um aviso de que outras artérias estão sendo atingidas. É muito comum a disfunção erétil apontar que o homem tem um problmea circulatório. Assim, a obstrução que aparece nos vasos do pênis pode existir também nas coronárias.
Nicéas Romeo Zanchett
http://amoresexo-volume1.blogspot.com.br