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domingo, 28 de outubro de 2012

TOQUE DE AMOR

                                    TOQUE DE AMOR
A busca do amor inicia-se como uma jornada ao nosso íntimo e depois se manifesta em nossas demonstrações exteriores. 
Em nossas relações interpessoais, demonstramos o amor por meio de gestos  ternos, gentis, afetuosos. Revelamos o amor usando palavras positivas, solidártias e encorajadoras, mas confiamos mais nas expressões de amor manifestadas por contato físico.  Infelizmente nossa cultura impõe limites rígidos a nosso comportamento nesse aspecto. Dessa forma, nossa consciência social limita o contato físico a ocasiões simbólicas e socialmente aceitáveis. 
Um exemplo de comportamento limitado quanto a contatos físicos são as demonstrações públicas de afeto. Algumas pessoas as dão e outras não. Muitas vezes, os espectadores rejeitam os contatos físicos em público porque, em nossa sociedade, tudo o que vai além do aperto de mão ou do tapinha nas costas tem implicações sexuais. É bem verdade que, em certos casos, há implicações sexuais, e então os espectadores, percebendo que não se trata de um mero contato amigável e afetuoso, tem a impressão de estar diante de um show de voierismo. 
O amor é uma força motriz por trás da vida. Como, naturalmente, somos seres desprovidos de amor, nós o buscamos desesperadamente ou lamentamos o fato de ele nos haver escapado. Entretanto, contemos aquela parte do amor que é a mais confiável, mais satisfatória, mais confortadora a outro ser humano. Nos nos fechamos; guardamos nossas mãos e o nosso corpo para nós mesmos. Para nós, tocar é extremamente difícil, ainda que reconhecendo a enorme necessidade que temos de fazê-lo e, mesmo quando tocamos, é de modo insatisfatório.
Cada um de nos nasce com necessidades diversas. Uma delas é a necessidade de contato físico. Portanto, o contato físico não é apenas um estímulo agradável, mas uma necessidade biológica.
O toque revela  o verdadeiro sentimento em relação a determinada pessoa. Trata-se de uma atitude que não permite escondermos com facilidade o que sentimos. Na troca de palavras, podemos disfarçar nossas intenções por meias verdades, por ambigüidades, pode-se dizer uma coisa sugerindo-se outra bem difertente. Já o contato físico, não. Ele é tangível e fala diretamente ao coração. Não se pode dirfarçar uma emoção ao tocar alguém, a menos que a pessoa queira ser enganada. Quando paramos de amar ou retemos nosso amor, enraivecidos ou para castigar, é quando expontaneamente transmitimos nossos sentimentos  estabelecendo ou evitando contatos físicos.
Para alguém que esteja tendo um mau dia, um abraço apertado pode ser mais confortador do que todas as palavras de apoio que conseguíssemos externar. Receber uma pessoa com um abraço afetuoso é o mesmo que dizer: estou muito feliz em vê-la!
Do coração vem o amor e, do amor, o contato físico flui naturalmente. Certamente há muitas maneiras de amar e se relacionar com as pessoas. Como, também, há muitas barreiras à nossa liberdade de expressão na forma de consciência social.
O contato físico expressa-se sem palavras. É uma expressão física de nossa postura em relação ao mundo. Podemos dizer "não" se nos tocarem de forma imprópria e indesejada naquele momento especial. Portnanto, é mais importante podermos aprender a tocar com consciência, resepito e ternura.
Quando, ainda feto, vivemos durante nove meses no útero materno, e nossa pele foi constantemente estimulada por impactos rítmicos transmitidos através  do líquido aminiótico. Foi aí que tivemos nossa primeira experiência  com a estimulação tátil.

O bebê aprende a respeito do amor e do contato físico ao ser amado e tocado. Ele sente falta do calor, do suave movimento de embalo e da segurança que teve por nove meses. Só aos seis meses seus sentidos da visão, da audição e do tato separam-se. O contato físico acarreta muitos benefícios  à criança.  Conforme começa a se distinguir  do mundo que a cerca, ela expande seu conhecimento. Ao ser tocada, tocar objetos e explorar o próprio corpo as crianças descobrem as dimensões espaciais, os tamanhos, as formas, as texturas, o prazer e o amor. Os bebês reajem ao mundo através dos seus sentidos.  Já no primeiro ano de vida seu cérebro desenvolve 70 por cento de seu peso adulto. Quando estimulamos seu sentido do tato, estimulamos seu cérebro. 
Ao tocar o proprio corpo, uma criança contribui para sua imagem corporal. Essa auto-exploração liga-se à sensação do corpo e às reações dos outros a tal iniciativa. Os pais que desencorajam o filho quando à auto-exploração estão eliminando uma parte importante  do seu aprendizado. O contato físico proporciona à criança um forte senso de segurança psicológica, confiança, aconchego e bem-estar. Além disso ajuda a superar o medo e a sensação de isolamento. 

Na tumultuada adolescência ocorre muita confusão a respeito de amor e sexo, toques e afeto.  A necessidade básica de tocar e ser tocado, reprimida e desprezada por muitos anos, torna-se não apenas uma busca impessoal da satisfação sensorial, mas também uma busca simbólica de amor, de intimidade, de segurança, de aceitação, de aconchego e de confiança. O adolescente, encontrando geralmente bloqueadas as principais vias de satisfação tátil por contato físico junto aos pais e amigos, aprende buscar a satisfação por meio da exploração sexual. Faz experiências consigo mesmo e com os outros e, falhando, passa a evitar totalmente o contato com o grupo.   Além do medo do prazer e outros de origem freudiana, o medo do homossexualismo também restringe o comportamento no que se refere aos contatos físicos. Fora do domínio da atividade sexual, permite-se que as mulhers toquem outras mulheres mais do que a homens. Os homens, porém, evitam tocar pessoas do seu sexo. Dada a força crescente do movimento "gay", os outros segmentos da sociedade cada vez proibem e condenam mais o contato físico entre pessoas do mesmo sexo, principalmente entre homens. Muitos jóvens simplesmente recolhem-se à concha pessoal que é seu corpo. O que podemos observar é que a busca desesperada por sexo não se deve tanto ao ato em si, mas a uma necessidade de ser abraçado, ser tocado, ser tranquilizado de uma forma mais fundamental, de mergulhar no próprio corpo e encontrar gentileza, ternura e compreenção.
É natural que um jóvem com os hormônios superativados tenha necessidade de sexo, mas os toques e os abraços é o que mais importam. Muitos jóvens sentem medo de que a garota o considere "maricas", se ao menos não tentarem pressioná-la a fazer sexo.
Ao nos tornarmos adultos, perdemos muitas oportunidades de tocar. No geral, há menos contato com os pais, incluindo o físico, e sobram poucos amigos com os quais interagir. Nossa comunicação física passa a ser feita por palavras. O tipo e a quantidade de contatos na vida adulta varia de pessoa para pessoa e depende da idade, do sexo, da situação e do relacionamento entre os envolvidos.
Alguns casais gozam de um pouco de contato físico, ainda que apenas no intercurso sexual. Nossa sociedade volta-se cada vez mais para o contato pago ou licenciado. Pode haver muitos motivos para a procura dos serviços pagos, mas certamente o contato corporal, um subproduto, sem dúvida, pode servir para aumentar a freqüência do uso. Muitas mulheres vão ao médico apenas para ser tocada, mesmo que tudo seja de maneira estritamente profissional.

Nossa sociedade dispõe de massagistas, tanto das terapeutas quanto das mais suspeitas, de cabelereiros e barbeiros, de quiropráticos, de médicos especializados, de grupos de encontro e trabalho corporal e de conselheiros.
Ao envelhecermos, as oportunidades de contato físico diminuem ainda mais. Para um cônjuge viúvo o contato físico pode cessar quase totalmente.
Independente da idade, todos precisamos de contato físico, em especial quando estamos assustados, deprimidos, solitários ou cansados. Nada mais pode expressar tanto, oferecer tanto alívio e segurança, tanta ternura e conforto quanto um toque afetuoso.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br  

                  

NUDEZ EMOCIONAL


                  NUDEZ EMOCIONAL
Quase todos sentem alguma dificuldade em falar abertamente sobre sexo com a pessoa amada. Além da natural inibição, existem medos com relação ao parceiro. Toda a discussão sobre a mútua vida sexual envolve alguma crítica, inplícita ou evidente. 
A mulher tem grande medo de ofender seu parceiro, imaginando como ele reagiria se lhe falasse sobre sua performance sexual. Acha que é muito constrangedor revelar seus sentimentos sexuais mais profundos e suas preferências  pessoais. Sentem-se, ao mesmo tempo, vulneráveis e tolas.
Se você quer alguma carícia especial, é muito melhor comunicar sem rodeios. As mulheres, com freqüência, estão mais habituadas a falar dos seus sentimentos. Os homens temem que sua parceira sinta-se vulgarizada e passam anos numa relação sem falar com maior liberdade  sobre sexo. Caso esteja decidido a tomar a iniciativa é importante fazer tudo com muito tato e paciência. 
É preciso ter em mente que seu parceiro não é capaz de adivinhar o que você quer que ele faça na cama. 
É muito comum que a maioria das pessoas achem mais fácil falar de sexo enquanto fazem amor. Perguntar coisas como "está gostoso?"´"é assim que você gosta?"  torna-se muito natural.  Do mesmo modo, dá bom resultado falar dos seus sentimentos nessas horas. "Faça de novo!", "gosto quando faz assim", "assim é demais!".
Lembre-se que é muito melhor reforçar as coisas positivas do que as negativas. É importante que a mulher seja encorajadora e receptiva.
Casais com início de relacionamento recente podem ter muito mais fácilidade de falar de suas preferências sexuais. Afinal o parceiro é alguém que não se conhece muito bem. Mas, por outro lado, pode ser arriscado abrir a secreta janela de sentimentos com alguém, sem saber se o relacionamento irá durar.
Muitas pessoas utilizam um recurso interessante que é falar de maneira indireta, como se fosse  algo que viu no cinema, ou leu, ou que um amigo (inaginário) lhe disse.

Para a mulher, uma das coisas mais difíceis  de resolver é quando ela não quer sexo.  Nesse caso é fundamental que faça seu parceiro perceber seu estado de espírito, sem que ele se sinta rejeitado. Casais que já estão juntos a um bom tempo costumam ter uma espécie de código, através do qual transmitem  seus sentimentos. Não importa o método utilizado, mas sim o resultado que permite o entendimento entre os dois.
É importante, também, saber que algumas pessoas se tornam muito eloqüentes quando têm um orgasmo. Nessas horas podem falar coisas muito íntimas que, geralmente, se recusará a admitir depois.  Portanto, nunca cobre palavras ditas nesse momento pelo seu parceiro. Ele se expôs por completo e será indelicado se você falar de qualquer coisa que ocorreu. Muitas mulheres costumam utilizar esses segredos íntimos para vingança quando estão zangadas. Depois que tudo passa se arrependem, mas aí o estrago já está feito.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

OS PRAZERES SEXUAIS


               Escultura de Romeo Zanchett
                             OS PRAZERES SEXUAIS
Em nossos dias os prazeres sexuais estão fundamentados não apenas na evolução da moral, da ética, dos costumes e posições sexuais, mas, principalmente em descobertas médicas sobre o comportamento fisiológico do corpo humano.
Os hormônios tem muita influência sobre o desejo sexual. Eles são mensageiros entre os orgãos sexuais e as zonas de decisão da libido. Entretanto o mecanismo do desejo é muito complexo e não permite uma simplificação ginecológica. Para as mulheres, existem períodos distintos: o anterior e o posterior à ovulação. Uma mulher que não esteja na menopausa, nem sob efeito de pílulas anticoncepcionais, segrega o hormônio progesterona apos a ovulação que pode motivar o aumento do seu desejo. Este apetite, comum a partir do quinto dia  da menstruação, só é sentido por muitas na segunda metade do ciclo. É que a primeira metade do ciclo tem como função principal o amadurecimento do óvulo e preparação para a chegada dos espermatozóides até o colo do útero. Por isso, nesse período, a mulher saudável pode sentir mais vontade de fazer amor. Entretanto não existe nenhuma lógica no desejo feminino; as mulheres são imprevisíveis e cada caso é um caso. Existem aquelas que se sentem atraídas pela simples conversa de um homem e outras sentem desejo por determinada parte do corpo masculino como a bunda, por exemplo.

Deseho de Romeo Zanchett
Tanto para o homem como para a mulher o sexo oral é prova de amor e maturidade erótica. Mesmo entre os que praticam, ainda existe um grande tabu.  Sem dúvida, é um tabu de origem religiosa. O poderoso Papa Pio V condenava à morte os culpados que também eram deserdados de seus emblemas civis e da sucessão segundo o direito romano. Na prática, a questão é vista de outra forma: muitas pessoas sentem repulsa pelas secreções do parceiro (a); pelas mucosidades de outro corpo. Mas o erotismo é capaz de vencer a repugnância, fazendo com que os parceiros descubram  a poesia que há na troca de substâncias de um corpo para outro. A felação, assim como a cunilingus (estimulação oral feita pelo homem na mulher) representa a vitória do amor sobre a repulsa. A maturidade erótica de um casal é a adaptação perfeita dos gostos entre parceiros sexuais. Dessa forma, se um dos dois regeita essa prática, deve ser respeitado. A harmonia sexual do casal é um aprendizado que acontece aos poucos e de forma natural. O amor é um jogo sutil que não admite pressões nem exige bravuras. Não há motivos para ninguém sentir-se regeitado  ou exigir provas de maturidade erótica. Quando há amor e harmonia, o sexo acaba acontecendo como se deseja.
Não é verdade que as mulheres querem ter orgasmos em todas as relações sexuais. A grande mairoria sente-se feliz com a simples excitação sexual e com o prazer que desperta no parceiro. É uma felicidade mais psíquica que física. Mas existem também as que têm uma satisfação plena , chegando mesmo a múltiplos orgasmos, quando o corpo e a mente atingem o uníssono milagre do amor. 

Escultura em relevo de Romeo Zanchett
Não há uma forma matemática para agradar e dar prazer todas as mulheres. Há mulheres que preferem a estimulação clitoriana; outras que se satisfazem com a penetração vaginal, e assim por diante. O certo é que, mesmo com as mulheres mais saudáveis, nem sempre o orgasmo acontece.  Apesar disso, um encontro  sexual pode ser altamente realizador e feliz. A mulher é inteligente e sabe tirar o maior prazer, mesmo nas relações frustradas, porque sabe que o orgasmo é facultativo e nem sempre corpo e cabeça estão dispostos a lhe conceder este prêmio. 
A relação sexual prazerosa exige paciência, entendimento entre o casal, troca de confidências e fantasias. O jogo sexual pode estar escondendo estórias de amor platônico, anos seguidos de masturbação solitária, enfim, intimidades que o parceiro precisa conhecer para que o prazer possa acontecer. Com o amadurecimento da relação e o engajamento entre o casal, as posições capazes de produzir prazer serão cada vez mais variadas e criativas.  Mas ninguém deve esperar  atingir sua plena satisfação a cada uma delas e sempre; o amor é uma arte; quanto maior dedicação à sua prática, mais chanse de sentirem-se realizados e felizes.
Foi-se o tempo em que as mulheres encaravam o sexo como um dever conjugal. No jogo do amor entre casais de bom nível os protagonistas são os dois. Não mais se justifica a participação passiva da mulher durante o coito se, fora da cama, é ela quem a maior parte do tempo decide a vida do casal. Não é preciso ser feninista para reivindicar seu prazer. É em nome de sua feminilidade que ela deve buscar sua realização. A liberação feminina não implica numa renúncia aos privilégios masculinos. Dispostos a usufruir o máximo de prazer do sexo, homem e mulher conseguem, juntos, a hegemonia do amor numa relação de cumplicidade.
A excitação, resultado de um encontro de peles, muitas vezes vem em volta por todo um trabalho de imaginação intelectual. É exatamente nesse ponto que o desejo erótico do  homem difere do desejo animal. Ele usa sua inteligência e memória para compor um belíssimo concerto amoroso.  Uma cena de amor pode resultar de total improvisação e do acaso, mas também pode ser fruto de um oceano de reflexos condicionados e fantasias contidas.
Havendo fantasias, os parceiros devem partilhá-las com o outro por inteiro. Quando está presente o amor não há espaço para pudor. O jogo sexual não tem limites. Pode exigir até acrobacias para despertar a libido.
Nem todos os casais dependem de fantasias e outras motivações para chegar ao êxtase. Em muitos casos o amor nasce e cresce em bases reais, sem que a fantasia surja para intensificá-lo e engrandecê-lo ainda mais. 
Muitos casais gostam de  apimentar a relação com as mais diversas
pornografias (livros, filmes, vídeo, telefone, artes gráficas, espetáculos eróticos).  Da mesma forma, ninguém deve sentir-se frustrado por não conseguir uma ereção diante de um filme pornográfico, por exemplo. A sexualidade é extremamente complicada e depende da sensibilidade de cada um. Muitas vezes a obsenidade, em vez de excitar, pode até chocar. Ainda que em filme, muita permissividade pode desagradar até o mais voraz dos homens. 
Depois dos sessenta anos, mesmo para homem que jamais tenha interrompido sua vida sexual, as condições psicológicas mudam a maneira de fazer amor. As reações à excitação ocorrem de forma mais lenta, a ereção demora mais a acontecer e eventualmente até a ejaculação pode ser aleatória. 
Embora os moralistas condenem a união de uma mulher mais jovem a um homem septuagenário, na realidade, pode ser benéfica para os dois. No encontro de um novo amor seu interesse se torna mais vivaz. Pode até ser que passados alguns meses o desejo arrefeça, mas no início da relação, usando do seu handicap, o homem maduro pode ter uma excelente performance sexual. Assim como muitos casais não dispensam um fundo musical  a seus encontros amorosos, há pessoas que precisam criar uma atmosfera estereofônica para ter prazer na relação sexual. O próprio rítmo da respiração se incumbe de, durante a excitação, gerar mais excitação no parceiro. Os suspiros e sussuros também acontecem naturalmente, sem que provoquem sentimentos de culpa ou vergonha. 
A verbalização do prazer ainda é vista por muitos como coisa feia, razão pela qual procuram conter. Este conformismo, ou pudor, em geral acontece às mulheres. Já os homens, que por sua educação machista sempre se viram liberados para fazer sexo, se entregam  com mais facilidade à saudável prática de dizerem o que sentem. Num encontro pleno, homem e mulher trocam confidências íntimas, que necessariamente não precisam ser sussurados. Se houver vontade, os gritos também podem acontecer em alto e bom som.  É um ato muito natural e a mulher também pode (e deve) extravasar seu prazer, dizendo o que sente ou tem vontade de sentir. 
Durante muito tempo se acreditou que a intensidade do orgasmo feminino dependia do tamanho do clitóris. Hoje sabemos com certeza de que isto não tem o menor fundamento.
O clitóris, uma zona erógena essencial e parte integrante do aparelho sexual feminino, se torna intumescido quando excitado durante os jogos amorosos. Nessas horas, como conseqüência de sua ativação, provoca sensações de prazer, que podem inclusive levar ao orgasmo. Por essa razão é a parte mais utilizada na masturbação. Mas esta resposta sensorial independe de sua constituição. Mesmo um clitóris pequeno será capaz de provocar um enorme prazer, desde que as condições psicossomáticas da mulher sejam favoráveis.

Escultura de Romeo Zanchett
O beijo é uma herança dos egípcios e gregos que, mais de dois mil anos depois, ainda faz sucesso entre as modernas civilizações. Esta prática amorosa, onde a língua é usada em sucções recíprocas, ainda hoje é cercada de muito tabu. Sem dúvida a troca de saliva requer uma grande interação e intimidade entre o casal, daí a importância de uma perfeita higiene buco-dentária que muitas vezes deixa a desejar.

O beijo na boca - ato de enorme sedução e gerador de muita emoção - pode provocar repugnância a parceiros pouco identificados. Os jovens de hoje tem banalizado esta expressão de amor quando procuram "ficar" com vários parceiros numa única noite. Apesar do prazer por ele provocado, o beijo não pode ser considerado a maior expressão do amor; é possível chegar-se ao orgasmo sem que haja beijos como prelúdio. 
Ainda em nossos dias, por pura ignorância, muitos acreditam que quanto maior o pênis maior será o prazer dispensado pelo homem à parceira.  Esta afirmação ainda muito comum só serve para levar os homens aos infernos da angústia, da insatisfação, do preconceito e da insegurança. Entretanto a sua realidade anatônica e funcional não interfere  em nada com a função do prazer, a não ser é claro, em casos caracterizadamente patológicos como um micropênis, que impossibilita a penetração ou, ao contrário, um orgão extremamente avantajado, capaz de transformar o coito numa experiência desconfortavelmente dolorosa ou até mesmo impossível.  Em média a vagina tem 12 cm de profundidade do introito vaginal (vulva) até a entrada do colo do útero. Sendo assim, um pênis bem dotado pode até ocasionar traumatismo na mulher. Além disso, um homem com pênis muito avantajado pode ter grande dificuldade para enrijessê-lo e assim mantê-lo até o final do coito. Ele necessita de maior quantidade de sangue bombeado pelo coração.
Uma boa saúde é o maior afrodisíaco que existe. Sabe-se, agora, que a sexualidade é um fenômeno bastante complexo que envolve vários setores do organismo: o nascimento do desejo no cérebro através dos estímulos externos, o acionamento das usinas hormonais ligadas ao desejo erótico, os feixes nervosos que transmitem a mensagem do desejo até os órgãos sexuais e a vasodilatação de seus corpos cavernosos. Qualquer mau funcionamento de um destes setores pode penalizar todo  o processo erótico. E tudo isso depende de uma boa saúde geral.
Nicéas Romeo Zanchett
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com.br

MULHERES INFIÉIS

                            MULHERES INFIÉIS
Será que em nossos modernos dias aumentou a infidelidade feminina?
A independência econômica, a diminuição da religiosidade e os modernos métodos anticoncepcionais permitiram que as mulheres passassem a desfrutar das mesmas liberdades que os homens. Embora não troquem o casamento pela aventura extraconjugal, muitas mulheres já não abrem mão do prazer proporcionado por uma relação às escondidas. Para elas os amantes solteiros tem a preferência, mas até uma amante casado é melhor do que nenhum. Como advento da internete, os relacionamentos entre os sexos se intensificaram geometricamente e até sites  dedicados a mulheres casadas à procura de aventuras sexuais estão à disposição.
Os homens, um pouco assustados, parecem não estarem conseguindo acompanhar essa rápida ascensão, pois suas mulheres estão ocupando espaços que antes nem era possível imaginar. Elas estão em toda a parte. Nas artes, nas ciências, na literatura, na política, no exército, no judiciário e até na polícia elas ocupam cargos que sempre foram exclusividade dos machistas companheiros.
No auge da civilização grega, em Atenas, as mulheres não tinham mais direitos políticos e legais que os escravos. Passavam a vida sugeitas à autoridade absoluta do marido ou de um parente masculino mais próximo. Não lhes era permitido nenhum tipo de educação que não fosse com o objetivo de melhor servir aos homens que as mantinham. Eram condenadas a passar a maior parte do tempo nos aposentos destinados às mulheres e se submetiam a casamentos arranjados pelos homens. Uma esposa raramente fazia refeições com o marido, principalmente se ele tinha convidados. Nas raras vezes em que saia de casa estava sempre acompanhada. Nessas ocasiões não lhes era permitido levar consigo mais do que três peças de vestuário. Caso saissem após o escurecer tinha que ser de carruagem e com uma lanterna acesa indicando sua presença. Era incomum travar conhecimento com qualquer homem que não fosse o marido ou parente. Já um marido podia repudiar a esposa sem motivo e tinha razões legais para fazê-lo se, por milagre, ela conseguisse cometer o adulterio. A esposa só podia obter o divórsio quando houvesse algum fundamento de provocação extrema, os quais não incluiam a pederastia e tampouco o adultério que para os homens eram considerados normais. 
Apesasr das diferenças ainda serem marcantes, estamos caminhando a passos largos para uma situação de igualdade total também no casamento. Entretanto ainda existem diferenças muito grandes, principalmente na questão de remuneração por trabalhos de igual valor. 
Mesmo a mulher moderna, continua sendo criada para encarar o sexo como algo que vem associado ao afeto, e isto se transforma numa espécie de repreção velada. O mesmo já não acontece com o homem que faz uma distinção bem mais clara dos aspectos físico e emocional. É por essa razão que o impacto emocional numa relação extraconjugal é muito maior na mulher. 
A presença feminina, cada vez maior, no mercado de trabalho é um fator facilitador para as relações de amizades masculinas e conseqüentemente do adultério. As casadas que traballham fora tem mais oportunidades e possibilidades de enganar os maridos. Isto geralmente acontece com colegas de trabalho, clientes e amigos mais próximos. 
Um outro fator de grande importância, tanto para o adultério como para o divórcio, está relacionado com o aumento da expectativa de vida. No início do século XX o cidadão vivia em média 47 anos. Hoje ele pode ultrapassar facilmente os 75 anos. Portanto, antes era muito mais fácil cuprir o juramento "até que a morte nos separe". A morte chegava mais cedo. 
Os motivos que levam à infidelidade feminina são muitos: o desejo de vingança, a busca de amor, atração por um romance, atração física, desejo aventura, etc. Entretanto as mulheres não estão em busca apenas de sexo. Para a maioria delas, as emoções contam muito e "traem" em busca de amor. Aquilo que para o homem é apenas uma aventura descompromissada - um namoro sexualizado-, para a mulher é um romance. 
Um fator interessante é que para a mulher madura - acima de 40 anos -o sexo fora do casamento é como uma busca pela juventude. Já as mulheres mais jovens cometem adultério movidas principalmente pela atração física. Para estas é uma questão hormonal, pois quanto mais jovens forem, mais ativos estarão os hormônios. 
A monogamia continua existindo, mas está tomando uma forma que nos faz lembrar o conselho do poetinha Vinícius de Moraes: "Que seja eterno enquanto dure". Uma pessoa passa alguns anos em absoluta fidelidade a uma pessoa e depois separa. Passa mais alguns anos sendo fiel a outra e torna separar. E a vida segue em frente sem sentimentos de culpa. 
Tanto para a mulher como para o homem, a infidelidade pode ter um grande poder de autoanálise. As experiências extraconjugais podem lhes trazer maior clareza do seu amor pelo parceiro, aumentando seu carinho e atenção. 
Toda a experiência é válida, a partir do momento que dela alguma vivência seja obtida. Pode ser um momento para refletir  e constatar que estava plenamente satisfeita com seu relacionamento e que não necessitava de relações sexuais fora dele. A maioria das mulheres prefere se realizar no próprio casamento e viver tranquilamente com seus maridos. Muitas depois da "traição" mergulham num profundo sentimento de culpa. Sentem-se imaturas, sonhadoras e concluem que nada poderá justificar sua atitude. 
A mulher, pela própria natureza maternal, tem um forte sentimento de proteção da família e toda a vez que está ameaçada pela liberação dos costumes reage de forma defensiva.
O casamento nonogâmico e indissolúvel pode não ser o melhor lugar para se desenvolver o apredizado da sexualidade, que fica muito limitada, mas é bom para a sociedade e para a criação dos filhos.
Nicéas Romeo Zanchett
http://amoresexo-volume1.blogspot.com.br